...o meu "sketchbook"... o meu bloco de notas... o meu eu...

20
Jan 08
Nuno Júdice
Em que pensar, agora, senão em ti?
Tu, que me esvaziaste de coisas incertas,
E trouxeste a manhã da minha noite.
 
 
É verdade que te podia dizer
“Como é mais fácil deixar que as coisas não mudem,
Sermos o que sempre fomos,
Mudarmos apenas dentro de nós próprios?”
 
 
Mas ensinaste-me a sermos dois;
E a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide.
 
 
Mas é isto o amor, ver-te mesmo quando te não vejo,
Ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios,
Mesmo ele que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba.  
 
 
Como gosto, meu amor,
De chegar antes de ti para te ver chegar:
Com a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa.
 
 
Tu: a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti,
Como gostas de mim,
Até ao fim do mundo que me deste.

Vejam, sou eu!
palavras passadas
procurar neste bloco
 
Janeiro 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
11
12

13
14
15
16
17
18
19

21
22
23
24
25
26

27
28
29
30
31