Imagina o mar
Afogado no luar,
O azul celeste
No céu rupestre
Contra o negro manto
De tristeza e encanto.
Espelho polido
Por vezes esquecido
Reflecte vidas revoltas
Em mortes tão soltas
Por vezes largadas,
Por vezes tomadas.
Brisa que resfria
O ar que se queria
Gravada tem nela
O pranto de quem apela
Misericórdia pura
Por terra segura.
Neblina atroz
Sobre águas tão sós
Dirige memórias passadas,
Almas mal tratadas
Algures num navio
Que nunca ninguém viu.
O preto profundo
Preenche o mundo,
Afoga segredos
E esconde enredos
Alguns desvendados
Outros nem imaginados
Consegues visionar?
Que sorte a tua:
Feliz fica o mar
Deitado à lua…
Estás a imaginar??
Então continua…