Passo ante passo;
A um ritmo estranho,
Diria eu. Tango, talvez?...
Mas passo ante passo.
Confiantes,
Cada pé à sua vez
Mal tocavam no pavimento,
Indigno de merecer o teu olhar
Quanto mais o teu toque
(que atrevimento!).
Os meus olhos caíram…
Saltaram, fugiram!
Ganharam vida própria,
Por te ver passar.
Percorreram aquele espaço
Que os levava a conhecer a beleza utópica:
Corriam, desesperados,
Com receio de perder;
De te perder.
Seguiram-te.
Seguiram-te até à exaustão!
Já fracos, cansados e frágeis,
Mas nem isso resfriou a paixão!…
Eras tudo o que queriam ver,
Naquele dia.
Meus olhos nada mais podiam querer
Nesse dia, para sempre.
Ofuscados, acabaram por ceder.
Também eu, nada mais pedia…
Mas não, continuam na minha cara,
O que é bom…
Não!! É mau!
Desejava que te tivessem seguido até mais não,
Para sempre, todo o sempre…
…eternamente…
Mas passaste,
E não mais te vi.
Ainda colado à calçada,
Senti,
Que morria por mais um segundo,
Um momento para te ver ali.
Confiante, na passada.
Brilhante, em ti.
I am...: Entusiasmado!
para ler ouvindo: Foge Foge Bandido - Um Tempo Sem Mentira