...o meu "sketchbook"... o meu bloco de notas... o meu eu...

30
Jun 09

 

Prendeste uma lágrima que devia ter caído.

Não estás cansada de fazer reféns essas tuas companheiras a tempo inteiro?
Dá-lhes liberdade!
Dá-te à liberdade de as libertares, de te libertares…
Vais ver que faz bem, as lágrimas lavam o corpo e a alma.
 
Já tenho saudades desses olhinhos cintilantes e afogados, que fechavas com medo que alguma parte de ti se evadisse.
Tenho saudades das feições rosadas quando me vinhas abraçar: "Perdi o controlo da minha vida", dizias tu já com a voz a falhar. O meu ombro sempre se apercebia era que perdias o controlo dos teus fluidos lacrimo-nasais.
Mas não faz mal…
Eu adoro-te!
Adoro-te não, Amo-te!
Amo-te…
 
                …e choro contigo…
By... PalavraPuxaPalavra às 20:59
para ler ouvindo: Histórias - Rodrigo Leão & Cinema Ensemble
I am...: em pseudo-férias

10
Fev 09

      (para quem pensa de menos, para quem quer pensar mais)

 

      Tenho andado com aquelas crises existenciais caracteristicas dos seres racionais (como a maioria dos humanos)...Aqui vai uma lista das 10 coisas que mais me tiram o sono à noite:

  1. Qual é o sentido da Vida?
  2. Estarmos cá é mero acaso ou faz parte de um propósito maior?
  3. Temos alguma finalidade ou estamos apenas de passagem?
  4. Tudo o que fazemos está determinado?
  5. Temos realmente Liberdade?
  6. O que é o Amor?Reacções quimicas, atracção natural ou algo mais?
  7. Existe um Deus?
  8. Em que consiste a Consciência?
  9. Vamos para algum lado depois de morrermos, ou é a Morte o "grand finnali"?
  10. Que caminho a seguir para atingir a melhor Felicidade?

      Muito provavelmente já se terão questionado sobre isto...

(se acharam a resposta a algumas destas problemáticas avisem; são mais 10min de sono que ganho). Enfim, mas não venho propriamente inundar-vos a cabeça de charadas que, aparentemente, não têm solução. Venho até lançar umas ideias para o ar...

 

      Há algum tempo li um livro conhecido pela maioria das pessoas, "A Fórmula de Deus", de José Rodrigues dos Santos. O livro tem várias falhas e a história é um bocado puxada, mas em termos de ideias que nos põem a pensar gostei bastante. Não sei se sairam da cabeça do escritor ou se foram lá incluidas vindas de outras paragens, mas se foi ele, os meus parabéns. 

      Resumindo, o autor afirma que tudo está determinado, mas que quase tudo é indeterminavel. Eu gosto deste ponto de vista, e passo a explicar porquê: 

Imaginemos, que eu fui à dispensa e resolvi tirar bolachas. 

      Através deste ponto de vista, a minha escolha estava determinada a acontecer, ou seja, quando lá fui, não poderia ter escolhido outra coisa senão as bolachas. E porquê? Porque houve um conjunto de factores que me levou a faze-lo. Por exemplo, eu nesse dia, na rua, vi alguém a comer bolachas e fiquei com vontade; a seguir, na TV, vi uma publicidade de bolachas; nesse dia ainda não tinha comido nada doce; etc... Sendo assim, a minha escolha foi determinada por acontecimentos anteriores a ela. Segundo esta cadeia de acontecimentos, esta foi a única alternativa possível.

 

      Agora a segunda parte.

      Porque é que é indeterminável?

      Pois, apesar de eu estar determinado a escolher bolachas, era-me ímpossivel prevê-lo, pois eu não sei nem consigo conhecer todas as circunstâncias que interferiram na minha decisão. Não consigo ter em conta todos os factores, físicos e psicológicos, conscientes e subconscientes que me levaram a escolher bolachas.

      Todas as escolhas e actitudes que tomamos na vida advêm de causas anteriores, em que entram no balanço factores exteriores a nós (natureza, as pessoas, o mundo a nossa volta, etc.) e interiores (maneira de pensar, de avaliar situações, etc.). A meu ver, é-nos ímpossivel recolher todos esses dados de forma a conseguirmos prever uma acção. É claro que por vezes podemos tentar advinhar algumas actitudes, pela maneira de ser de uma pessoa ou pelas circunstâncias em que se encontra, mas a maioria das opções são indetermináveis. E todas elas são determinadas.

 

      E assim?...será que as nossas escolhas são, na verdade, escolhas, no verdadeiro sentido da palavra? Opções que escolhemos de livre vontade sem ser influenciados?

      Pois, sendo assim, sempre que fizerem uma escolha ou executarem um acto, será porque estava determinado e não teriam outra opção se não isso... Mesmo que pensem "hum, vamos cá enganar o destino e apetecia-me muito bolachas mas vou comer cereais"...isto acontece por razões e causas anteriores, dificeis de determinar...

      Agora tentem lá encaixar essa ideia no vosso dia...estranho, não?

      Perceberam?

      Bem, por hoje é tudo, não levam TPC... 

      Aconselho ainda a leitura de um livro muito interessante para quem acha pertinentes estas questões, "O Fio da Navalha", de W. Somerset Maugham. Sinto-me tal e qual como Larry...se lerem, percebem. 

      E ficam com uma frase de uma música da minha big Alicia Keys, da música "Streets Of New York (City Life)": 

The constant state of going nowhere. 

      Keep on thinking!


Vejam, sou eu!
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